O Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) é um laudo exigido para condomínios residenciais e empresas de qualquer segmento. Seu objetivo principal é o fornecimento de informações sobre o nível de segurança contra raios em suas instalações.
O processo é um identificador de falhas, e funciona a partir de uma avaliação detalhada de todos os receptores de energia e os processos de travas de seguranças e pára-raios instalados no sistema.
Para interceptar e direcionar os raios, o SPDA é formado por subsistemas de captação, descidas, aterramento e equipotencialização. Dessa maneira, é possível captar a descarga e levar a corrente até o aterramento e escoamento no solo.
Hoje, a não apresentação do laudo SPDA pode acarretar em multa elevadas para as empresas e condomínios que não seguirem a determinação.
A título de conhecimento, o Brasil é um dos países que registra a maior incidência de raios no mundo, com mais de 75 milhões de descargas anualmente. Um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostra que existe uma relação entre as emissões de gases do efeito estufa (assista ao vídeo).
Segundo as estatísticas, pelo menos 300 brasileiros são atingidos por raios todos os anos, com um em cada três acidentes sendo fatal. Entre 2000 e 2019, foram 110 mortes por ano em média, com o total de 2.194 óbitos no período.
Imagine, por exemplo, que o seu prédio residencial não tenha um sistema de aterramento. Apesar de parecer absurdo, isso pode ocorrer. Com qualquer chuva que desenvolva raios e relâmpagos, existe o risco de queimar os elevadores, além de outros equipamentos importantes para o funcionamento básico da edificação.
Por isso, a WATT SP Engenharia Elétrica, empresa referência no setor de energia, desenvolveu este artigo para explicar melhor sobre o projeto SPDA em edificações comerciais, indústrias e outros.
SPDA: por que é importante?
O laudo SPDA possui especificações e normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), mais especificamente o documento NBR 5419/2015. A empresa deve manter este relatório sempre atualizado, de modo que atenda de maneira segura o controle de riscos.
Sendo assim, o laudo SPDA tem validade de 01 a 03 anos. No caso do setor industrial, esse laudo deve ser atualizado sempre a cada 3 anos, porém em outras a atualização deve ocorrer a cada 12 meses.
Veja abaixo algumas das situações em que o laudo SPDA precisa ser atualizado anualmente.
Região geográfica do imóvel e a localização da edificação no site industrial
Neste caso específico, a norma diz respeito às regiões litorâneas. Lá, pode ocorrer corrosão nos materiais construtivos do SPDA.
Além disso, com o tempo a deterioração desses materiais podem levar a uma queda na eficiência e/ou capacidade do sistema em captar e escoar a descarga atmosférica ao solo.
Finalidade do imóvel
Caso o imóvel pertença a “fornecedores de serviços considerados essenciais ao
público”, como empresas de energia, água, comunicação, entre outros, entende-se que se estas edificações forem atingidas por descargas elétricas, haverá a interrupção no fornecimento dos serviços prestados.
Porém, a norma não se limita a estes imóveis, uma vez que as salas de controle operacional também podem causar interrupção, mesmo estando longe dos centros operacionais.
Já no setor industrial, se enquadram as subestações de energia e edificações de saneamento básico para a atualização anual do laudo SPDA.
Tipo de material usado na edificação
Neste ponto, a norma da ABNT não se faz muito clara. Ao citar apenas “estruturas contento munição ou explosivos”, pode-se entender que trata apenas de prédios industriais de fabricação e armazenamento de armas explosivas e/ou fogos de artifício.
Entretanto, existem edificações de distintos segmentos industriais cujos produtos armazenados podem causar explosões. Para tanto, o laudo SDPA deve ser atualizado e efetuado anualmente.
O documento responsável em determinar se alguma edificação é definida como Atmosfera Explosiva é o Estudo de Áreas Classificadas.
Inspeções e laudos esporádicos SPDA
Além das atualizações anuais do SDPA, torna-se necessário a sua revisão periódica nas seguintes ocasiões:
- Após a conclusão da instalação do SPDA
- Quando houver alteração ou reforma no SPDA
- Quando houver evento de descarga atmosférica
Para isso, julga-se necessário a contratação de uma empresa de energia especializada neste tipo de serviço, como é o caso da Watt SP Engenharia.
Quais informações devem constar no laudo SPDA?
As principais informações que devem constar no laudo SPDA são as seguintes:
- Análise do sistema instalado
- Eficiência deste sistema
- Estado de conservação
- Medições no sistema de aterramento
Além disso, também é feito um relato fotográfico sobre a inspeção e medições realizadas com notas de orientação e recomendações. Dependendo do caso, é emitido um estado de conformidade ou não conformidade do sistema de SPDA inspecionado.
Quais são os tipos de projeto SPDA
Basicamente, os projetos SPDA dividem-se em três tipos: Ponta de Franklin, Gaiola de Faraday e Esfera rolante (eletrogeométrico ou esfera fictícia).
Ponta de Franklin
Neste projeto, utiliza-se um pára-raios de Ponta Franklin, um dos primeiros a serem inventados. Datado de 1753, é composto por uma haste de cobre que fica no topo da edificação, ligado a dois condutores conectados com o solo através de um sistema de descida.
O SDPA Ponta de Franklin protege uma área equivalente ao volume de um cone do topo à base do edifício.
Gaiola de Faraday
Neste caso, toma-se como base a teoria de Michael Faraday, que foi um químico e físico britânico que viveu entre os séculos XVII e XVIII.
Neste projeto, o interior da gaiola fica isento do campo elétrico externo, utilizando captadores formados por condutores horizontais que formam uma malha interligada, a qual se conecta com a terra em uma distância apropriada.
Esse tipo de proteção é utilizado em indústrias e em empresas com galpões.
Michael Faraday é um dos cientistas mais influentes de todos os tempos.
Esfera rolante (eletrogeométrico ou esfera fictícia)
Por fim, temos o conceito da esfera rolante (eletrogeométrico ou esfera fictícia). Neste projeto SPDA, utiliza-se uma esfera que deve rolar pela edificação. Onde a esfera estiver, haverá maior chance de descargas atmosféricas tocarem a construção.
Por isso, esses pontos da edificação devem ser protegidos com para-raios do tipo ponta Franklin ou ionizante. O tamanho da esfera deve ser proporcional ao nível de proteção desejado.
Projeto SPDA com a Watt Engenharia
A Watt-SP é uma empresa de energia especializada em laudos SPDA e serviços de aterramento. Realizamos uma vistoria no local, para analisar se o SPDA está de acordo com as normas e ainda elaboramos um relatório ilustrado com fotos.
Realizamos as devidas orientações de mudanças para a adequação do SPDA com as normas. O serviço é realizado por uma equipe de profissionais capacitados e credenciados, garantindo a eficácia da execução e do serviço prestado.
Para saber mais sobre os nossos serviços em SPDA, entre em contato conosco hoje mesmo e solicite um orçamento.
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